segunda-feira, 13 de julho de 2015

DIMINUIR CONSUMO DE LEITE AJUDA NA SUA SAÚDE



 

Não adianta chorar pelo leite derramado. Com o perdão do trocadilho, o fato é que cerca de 60% da população mundial tem algum tipo de sensibilidade aos laticínios, segundo matéria publicada no USA Today (e algumas estatísticas chegam até a 75%). Essas pessoas podem apresentar sintomas como alergias respiratórias, sinusite, nariz que escorre com frequência, muco persistente, inflamações e infecções de garganta e ouvidos, diarreia e dores de cabeça.

A questão é que a habilidade de digerir o açúcar (lactose) e as proteínas (caseína e whey) do leite não é uma doença, e sim um traço absolutamente normal nos humanos. A retenção da capacidade de digerir leite e seus derivados após a infância é uma mutação genética, mais comum na população europeia, principalmente nórdica.

De acordo com o neuropata americano Peter D"Adamo, criador da Dieta do Tipo Sanguíneo, a habilidade de digerir leite surgiu quando os humanos migraram para regiões mais próximas do polo, onde os alimentos eram escassos pela impossibilidade de cultivo de plantas. Então as pessoas passaram a usar o leite dos animais como fonte de nutrição alternativa. Esta teoria diz que as pessoas descendentes desta população, com sangue tipo B, são as que possuem maior possibilidade de digerir laticínios sem problemas. Já asiáticos, africanos, índios e seus descendentes são os que mais apresentam sintomas de intolerância ao consumir leite, seus derivados e preparações, como queijo, iogurte e cremes.

Além disso, os processos de industrialização do leite e seus derivados também contribuem para aumentar as estatísticas de intolerância ao alimento. A pasteurização e a homogeneização causam transformações moleculares nos laticínios. Além disso, as vacas são alimentadas com milho e soja geneticamente modificada, e tratadas com hormônios e antibióticos. Tudo isso pode explicar um número cada vez maior de sintomas e doenças associadas ao consumo de leite e derivados.

Mitos e verdades acerca do leite

O leite orgânico é mais seguro que o leite normal

Mito, os dois são seguros para o consumo. "A diferença do orgânico é que as vacas produtoras não recebem hormônios ou antibióticos para aumentar a produção de leite", esclarece a nutricionista Patrícia. Essas vacas também não se alimentam de pastos com fertilizantes, o que torna o leite orgânico mais puro e a opção que mais preserva o meio ambiente.


No entanto, o governo brasileiro estabelece regras rígidas de segurança para garantir que todo leite comercializado esteja livre de resíduos que possam ser prejudiciais ao organismo. Por isso, tanto a versão convencional quanto a orgânica são consideradas seguras.

 O leite deveria ser evitado na alimentação.

Mito. Há contradições, mas ainda prevalecem estudos e especialistas que afirmam que o leite só deve ser evitado em caso de alergias. "A bebida é ótima fonte de proteína e o cálcio que ela contém é mais bem absorvido pelo corpo, se comparada a outros alimentos que também sejam fonte desse mineral", alega Patrícia.  

Leite desnatado não tem colesterol.

Mito. A nutricionista Maria Claudia afirma que todos os alimentos de origem animal possuem colesterol. "O que ocorre com o leite desnatado é que, com a redução das gorduras dos alimentos, o teor de colesterol livre também diminui", explica a profissional.  

Laticínios causam ganho de peso.

Verdade, assim como todo alimento em excesso que contenha gordura e calorias. Por isso, o ideal é ingerir as versões com teor reduzido de gordura que, se consumidas na medida certa, não provocam quilos extras. 

 

 

 

 




 

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